sexta-feira, 29 de abril de 2011

O Estranho

Se o estranho é indubitavelmente relacionar-se com o que é assustador, como o que provoca medo, horror, algo que provoca inquietação ou mesmo algo que não estamos habituados a ver. O que dizer então dos delírios internos ocasionados eventualmente pela presença de espíritos em nossa vida? Me pergunto, se isso, é estranho ou se como diz Hoffmann, é o primeiro delírio de uma sucessão de acontecimentos considerados como reais.
Pode ser que esse estranho seja algo secreto e familiar, mas o que dizer então das histórias infantis, que realizam instantaneamente desejos como nos contos de fadas? Se o estranho real não esta dentro de cada um de nós, mesmo quando nosso corpo apresenta-se em meio a realidade, como diz Fernando Pessoa, o que dizer da psique tomada e originada dos complexos infantis? Se estes se originam como forma de pensamento e criam oportunidades para criarem sensações estranhas, oferecendo oportunidade de uma possível realidade. Isso continua a me inquietar. Será estranho ou será uma sensibilidade pessoal de sentimento íntimo?
Nataniel tem inquietações a cerca de certos episódios ocorridos na infância, envolvendo medo diante de uma figura chamada “o homem da areia”, mencionado pela mãe e pela babá, para assustar crianças desobedientes.
O menino associava esta figura a um visitante que seu pai recebia em seu escritório. Curioso, resolveu então, sem conhecimento do pai, conhecer este visitante, escondendo-se no escritório, onde a partir deste fato, acontecem episódios estranhos com o menino. Freud, utiliza-se do conto de Hoffmann para descrever o “estranho”, mesmo sendo familiar a algo assustador.
Espíritos podem ser estranhos, familiares, amedrontadores, mas, ao mesmo tempo, podem quem sabe fazer parte da psique humana ou de contos de fada reprimidos. Será? Continuo inquieta...

Edi Sartori

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Ser Real quer Dizer não Estar Dentro de Mim

Após a aula de hoje, muitas inquietações surgiram em meu pensamento... ao navegar pela internet pesquisando textos para levar ao colégio, encontro o poema abaixo de Fernando Pessoa.
Quando terminei de ler, parte das inquietações acalmou... outras porém vieram à tona com mais intensidade. Reparto com todos esse texto e pergunto:  Seremos um ser real presente em um pensamento inquietante?


Ser Real quer Dizer não Estar Dentro de Mim
Seja o que for que esteja no centro do Mundo,
Deu-me o mundo exterior por exemplo de Realidade,
E quando digo "isto é real", mesmo de um sentimento,
Vejo-o sem querer em um espaço qualquer exterior,
Vejo-o com uma visão qualquer fora e alheio a mim.

Ser real quer dizer não estar dentro de mim.
Da minha pessoa de dentro não tenho noção de realidade.
Sei que o mundo existe, mas não sei se existo.
Estou mais certo da existência da minha casa branca
Do que da existência interior do dono da casa branca.
Creio mais no meu corpo do que na minha alma,
Porque o meu corpo apresenta-se no meio da realidade.
Podendo ser visto por outros,
Podendo tocar em outros,
Podendo sentar-se e estar de pé,
Mas a minha alma só pode ser definida por termos de fora.
Existe para mim — nos momentos em que julgo que efetivamente
                               existe —

Por um empréstimo da realidade exterior do Mundo

Se a alma é mais real
Que o mundo exterior como tu, filósofos, dizes,
Para que é que o mundo exterior me foi dado como tipo da realidade"

Se é mais certo eu sentir
Do que existir a cousa que sinto —
Para que sinto
E para que surge essa cousa independentemente de mim
Sem precisar de mim para existir,
E eu sempre ligado a mim-próprio, sempre pessoal e intransmissível?
Para que me movo com os outros
Em um mundo em que nos entendemos e onde coincidimos
Se por acaso esse mundo é o erro e eu é que estou certo?
Se o Mundo é um erro, é um erro de toda a gente.
E cada um de nós é o erro de cada um de nós apenas.
Cousa por cousa, o Mundo é mais certo.

Mas por que me interrogo, senão porque estou doente?
Nos dias certos; nos dias exteriores da minha vida,
Nos meus dias de perfeita lucidez natural,
Sinto sem sentir que sinto,
Vejo sem saber que vejo,
E nunca o Universo é tão real como então,
Nunca o Universo está (não é perto ou longe de mim.
Mas) tão sublimemente não-meu.

Quando digo "é evidente", quero acaso dizer "só eu é que o vejo"?
Quando digo "é verdade", quero acaso dizer "é minha opinião"?
Quando digo "ali está", quero acaso dizer "não está ali"?
E se isto é assim na vida, por que será diferente na filosofia?
Vivemos antes de filosofar, existimos antes de o sabermos,
E o primeiro fato merece ao menos a precedência e o culto.

Sim, antes de sermos interior somos exterior.
Por isso somos exterior essencialmente.

Dizes, filósofo doente, filósofo enfim, que isto é materialismo.
Mas isto como pode ser materialismo, se materialismo é uma filosofia,
Se uma filosofia seria, pelo menos sendo minha, uma filosofia minha,
E isto nem sequer é meu, nem sequer sou eu?

Alberto Caeiro, in "Poemas Inconjuntos"
Heterônimo de Fernando Pessoa


Estela Bonci

domingo, 24 de abril de 2011

Unhemlichkeit e Paula Rego

Caros,
iremos estudar O Estranho de S. Freud na próxima aula.
Se tiverem tempo, vale um pulinho na Pinacoteca, na praça da Luz para ver a exposição da Paula Rego.
Se não tiverem tempo vejam o site que não deixa as coisas tão à mostra, mas http://www.casadashistoriaspaularego.com/pt/
Ela é um ótimo exemplo de estranheza inquietante. A exposição na Pinacoteca é uma escândalo de maravilhosa e perturbadora.
abraços a todos (estou indo para Goiás no Colóquio Filosofia e Ficção. Volto na quarta. Temos aula na quinta!!!)
Marcia

sábado, 23 de abril de 2011

O 'espetáculo' da Virada

olá pessoal,
só queria fazer um lembrete da ultima aula com a nossa digníssima profa Tiburi sobre o "espetáculo" e salientar que tivemos um ótimo exemplo na semana passada: A VIRADA CULTURAL

pois, de acordo com a explicação, a virada se encaixa perfeitamente: foi um grande espetáculo para "inglês ver".
Muitas apresentações foram comprometidas pela audiência descomprometida com a arte fazendo de suas aparições somente cumprimento de agenda pois arte mesmo, shows, rodas de samba, teatros, stand up comedies, poesia, danças como prometido ficaram pela metade...
foi um verdadeiro movimento em nome da arte onde a arte fica em segundo lugar! terceiro talvez, pois antes vem a campanha da cidade limpa utópica ou irreal e depois vem a liberdade do publico de beber até cair nas ruas do centro sem ser presos.
Aí quem sabe alguem então, se preocupe com quem é o artista que esta ali tentando mostrar a que veio, mas este acaba desistindo e parando seu numero no meio por se sentir desrespeitado por um publico heterogênio demais para se acomodar como uma platéia de verdade. E quem é que pode dizer que o artista está errado? De quem é o erro na verdade? Oartista que finge vir mostrar a sua arte? O publico que finge ir assistir arte? A cidade que finge que arte de verdade pode estar no meio de um espetáculo político?

só quis dividir uma angústia... quem quiser ver qual era a promessa... http://www.viradacultural.org/

vanessa dohme

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Amor e Religiosidade



Não poderia diante a essa imagem postada pela Cintia deixar de partilhar com vocês um pouco da minha estória, um tempo em que me dediquei as coisas do alto e queria como ela (Santa Teresa) apenas “amar a Deus”:

Na época em que me chamava Frei André de Santa Teresa me identificava com Sat. Teresa no que tange a doação por amor... Em meu noviciado líamos sua obra de forma bastante abrangente, uma mulher como ela merecia na minha visão de hoje um estudo mais aprofundado, lembro que seu livro “Caminho de Perfeição” era nosso livro de cabeceira, do modo de usar o habito(roupa religiosa) ao trato fraternal, sua visão de vida religiosa era ampla tão ampla que os frades e os formandos as vezes sentiam sua fraqueza diante as normas que ela mesma se impôs.
Quando me foi perguntado na sala do capitulo o porquê do meu nome religioso não titubeie: “Me chamo Fr. André de Santa Teresa por querer como ela amar sem limites...” Meu superior não gostou muito da frase, ele queria uma afirmação mais religiosa, “Meu caro irmão, esse amor sem limites deve ser apenas para Cristo”, acenei com a cabeça que sim, mas pensei no salmo que diz: “Deus perscruta os corações!” e em minha ingenuidade dos 22 anos acreditei que se me entregasse com todo o coração ao serviço da Ordem religiosa eu de fato experimentaria o mesmo sentimento de plenitude que Santa Madre narrava em sua obra quando lhe sobrava tempo.
Quando li sobre a transverberação de Santa Teresa que foi imortalizada na obra de Gian Lorenzo Bernini, imaginava que sua doação e suas ações em vida tinham sido agradáveis aos olhos de Deus a tal ponto que ela tinha tido a oportunidade de sentir o “gozo divino” algo tão profundo e místico que nenhuma palavra por mais inteligível que possa ser, prenda sua profundidade e força. De fato como toda explicação em Santa Teresa sempre parte de sua vivência religiosa, é difícil separar o humano do divino, e mesmo essa separação não é apoiada pela sua Ordem de Monjas e Frades ou pelo Catolicismo, como fui um noviço rebelde meu novo nome teve apenas 11 meses de vida, não professei os três votos religiosos, deixei o habito do Carmelo voltei a ser André Luis, mas meu pedido de “amar sem limites” nunca me abandonou, creio que é justamente ai que ela (Santa Teresa) entra, deve lá de cima me ajudar com sua insistência diante a Deus, “deixe que ele ame, afinal o amor ainda que demasiado HUMANO é DIVINO”

ANDRÉ ALBUQUERQUE

domingo, 17 de abril de 2011

para refletir...

"Há três métodos para ganhar sabedoria:

1) por reflexão, que é o mais nobre.

2) por imitação, que é o mais fácil.

3) por experiência, que é o mais amargo.

(Confúcio- filósofo chinês)

Edi Sartori

sexta-feira, 15 de abril de 2011

"O êxtase de Santa Teresa"

Turma! Na última aula (15.04.2011) lembrei da escultura intitulada "O Êxtase de Santa Teresa", do escultor barroco Gian Lorenzo Bernini (1598 - 1680), autor de inúmeras obras pioneiras neste movimento.

Recordei da mesma por ser para mim uma das melhores imagens (uma das minhas prediletas) para vizualizarmos o tema "sexualidade & religiosidade", muito bem explorado pela prof.a Márcia Tiburi.



O que posso adiantar, bem brevemente, é que a mesma carrega uma EXPRESSIVIDADE, um DRAMATISMO e um DINAMISMO raramente observado na História da Escultura.

Em especial, sua harmonia com a Arquitetura Religiosa integra os espaços internos da Igreja de santa Maria Della Vitoria, em Roma.

A TEATRALIDADE passa a ocupar de modo decisivo espaços arquitetônicos e o OLHAR DO DEVOTO é atraído numa intensidade singular. logo, Bernini elabora uma estrutura arquitetônica pensando nesta teatralidade, convidando o expectador a compartilhar o mesmo sentimento que a Santa experimentara.

Bernini também trabalhou arduamente para traduzir visualmente o relato feito pela própria Santa em sua autobiografia:

Via um anjo perto de mim ... sob forma corporal, o que não costumo ver senão muito raramente ... Via-lhe nas mãos um comprido dardo de ouro. Na ponta de ferro julguei haver um pouco de fogo. Parecia algumas vezes metê-lo pelo meu coração a dentro, de modo que chegava às entranhas. Ao tirá-lo tinha eu a impressão de que as levava consigo, deixando-me toda abrasada em grande amor de Deus.Era tão intensa a dor, que me fazia dar os gemidos de que falei... (TERESA DE JESUS, 1983, P. 236)

Por gentileza, peço ao nosso amigo - André - que complemente a referida imagem com seus preciosos comentários!

Egídio! a saber, esta igreja foi a única edificação construída por CARLO MADERNO, considerado o ARQUITETO-CHEFE DO VATICANO (SÉC. XVII).

Bacco, tenho certeza que vc também vai se deliciar com esta teatralidade!

COMENTÁRIO: CÍNTIA RIBEIRO RONDON

terça-feira, 12 de abril de 2011

Um texto de Hal Foster

Pessoas, este texto O Retorno do Real de Hal Foster foi traduzido pela Cláudia Mattos e vale muito a pena ler. Vamos falar dele na próxima aula. Podem baixar neste link
http://www.concinnitas.uerj.br/resumos8/foster.htm

Um site com as pinturas de Lucien Freud

http://www.artbarreiro.com/artistas/lucienfreud/Flash01/index.html

Para a aula de teoria da pintura

Olhem, por favor.
http://www.inganniadartefirenze.it/Sezione.jsp?idSezione=86

domingo, 10 de abril de 2011

A confiança na própria poética e o “Botulismo”


Recentemente os jornais de todo mundo noticiaram a situação vexatória em que se colocou o importante filósofo e acadêmico francês Bernard-Henri Levy, fundador da revista "La Règle du Jeu" e colunista da revista "Le Point" e de diversos jornais em diferentes países, que se viu obrigado a vir a publico desculpar-se por ter citado uma falsa biografia de Immanuel Kant como fonte de pesquisa em sua obra lançada em fevereiro último, "De la Guerre en Philosophie" (Sobre a guerra na filosofia).

A falsa biografia de Kant, que foi apresentada por Levy ao meio acadêmico como sendo de autoria de um “especialista” em Kant, um “importante” filósofo de nome Jean-Baptiste Botul, leva o título “A vida sexual de Immanuel Kant”, e no seu prefácio diz tratar-se de uma série de cinco conferências desse “filósofo” Botul em maio de 1946 no Paraguai.

Ocorre que, nunca existiu o filósofo Botul. O semanário Le Nouvel Observateur, logo após a edição do livro de Levy, divulgou a gafe e esclareceu que essa obra sobre a intimidade de Kant, de fato, foi uma pilhéria do jornalista francês Frederic Pages (que prefacia a obra) e que já editara outras obras sob o psudônimo de Jean-Baptiste Botul.

Lamentavelmente Henri Levy foi enganado, mas de forma indesculpável, pois qualquer pesquisador sabe que deve verificar suas fontes com o máximo de profundidade.

Porém, meu espanto, que não foi pequeno diante do equívoco de Levy, foi maior quando, diante do inusitado, adquiri e li a obra.

A obra é totalmente inverossímil. Traz até versos obscenos atribuídos a Kant, o que, por si só mereceria um cuidado maior de Levy e sabe de quem mais ? Pasmem...

A obra foi editada pela Editora UNESP em 2001, como coisa séria.

Fica patente que a obra foi assumida pela UNESP como obra autêntica de um intelectual nominado Botul, quando essa chega a discutir o mérito de seu conteúdo, sem jamais duvidar da existência do filósofo fake. Nela não há qualquer referência de que se trata de uma fantasia do jornalista Pages.

Li alhures a palavra de um dos responsáveis pela edição da UNESP dizendo que a publicação teve intenção jocosa... (pois sim...com certeza após saber do “imbróglio”).

Não bastasse mencionar ser o autor um intelectual, a edição da UNESP apresenta uma biografia do mesmo, risível, diga-se de passagem, informando que Botul foi íntimo de Maria Bonaparte e desafeto de Jean Cocteau.

Isso tudo reforça o que nos tem sido sugerido em classe pela professora Márcia Tiburi, sobre o quanto temos que nos conscientizar de nosso direito à dúvida e da capacidade que temos de julgar, obviamente com devido respeito aos aspectos positivos do mundo acadêmico, porém com confiança em nossa própria poética e capacidade crítica, o que diminui a possibilidade em nossas vidas de ocorrências de “Botulismo” de que foram vítimas, Henri Levy, UNESP e com certeza muitos outros.

Romualdo Bacco
Abril 2011

quinta-feira, 7 de abril de 2011

E o cano da pistola que as crianças mordem...

O título é parte da letra da música “Fora da ordem”, de Caetano Veloso. Música gravada em 1992, mas que continua ressoando em alguns versos na chacina da escola pública carioca hoje, 07 de abril de 2011. É impossível não pensar também na questão da qualidade da educação pública em um momento como esse. Alguma coisa está fora da ordem...

Para minha filha de 5 anos entender daqui há algum tempo o contexto desse texto, estamos vivendo a “redemocratização” da escola pública, onde “redemocratizar” é encher as escolas de alunos fazendo aulas com professores mal preparados, mal educados, mal aparelhados, mal remunerados, e enfim, sem gosto pelo ato de partilhar conhecimento (não estou generalizando; tenho amigos que acreditam ainda no ato de ensinar e com certeza alguns destes estarão – espero -  ensinando minha filha).

É duro ler e ouvir os pais e as crianças relatando o que passaram hoje naquela escola no RJ. No entanto, na educação básica pública mata-se aos poucos a dignidade, os sonhos e a esperança das crianças. Ocorrem estas "chacinas veladas" há décadas. 

E as TVs, rádios, revistas e grandes sites mais uma vez lucram com a miséria humana. Talvez sejam eles que colocam primeiro a pistola na nossa boca desde que somos crianças e vamos nos alienando e mordendo, mordendo...

Sérgio Pereira

segunda-feira, 4 de abril de 2011

OcaMaloca

O problema começa com o leigo esclarecido, disse Descartes. Eu como literalmente leiga, precisei conhecer melhor quem é e quem foi Maria Tomaselli. Artista, inteligente, conhecedora, de habilidades vastas, leiga, pintora, pensadora, sútil, mágica...mágica?... isso!!! dentre tantas qualidades, ela é uma mulher mágica, como diz Márcia em seu completo texto repleto de significativos mistérios. Maria Tomaselli, como diz Horkheimer, em suas pinturas, determina uma finalidade adequada para cada “forma” na hierarquia universal e assegura a “participação” de cada individuo nos arquétipos ideais.
Fotos, fatos, exposições, integrações entre mídias, políticos, estudiosos, ela conseguiu, com certeza, com dificuldades, expor seu trabalho. Mas como diz Walter Benjamim precisamos intercambiar experiências. Ela fez...


OcaMaloca , de Maria Tomaselli & João Melquíades.

Este trabalho (OcaMaloca) já foi exposto na praça da Sé/SP. Analisando a foto, da a impressão de estar voltando a infância, onde construíamos nossos brinquedos e fazíamos nossas casinhas de bonecas, claro que sempre com outro aspecto, intuito, mas nos remete a infância. Fico imaginando a surpresa a que a Oca remete em nossos antepassados e revolução que isso causará as nossas emoções, ao entrar e reviver os momentos vividos em que não nos interessava o iluminismo, Adorno, Lisa Adams...enfim, nem sabíamos da existências desses fenômenos e os idolatrávamos (inconscientemente), porque com certeza fazíamos invenções/reinvenções, retalhávamos coisas que em algum momento encontraremos (alguns talvez já encontraram) escrito em algum lugar por filósofos. Surpresa ainda maior ao abrir as caixinhas...
Adorno já dizia, a arte é uma forma de formar a sociedade mais racional (cultura na essência), é tão ou quão importante quanto a ciência. Essa frase faz entender melhor o texto escrito por Márcia sobre Tomaselli.

Edi Sartori



domingo, 3 de abril de 2011

Arte na Rua pelo Mundo

Vejam este link onde podemos conhecer os artistas do mundo que estao fazendo arte na rua: http://streetartview.com/?search=keith%20haring
Bjos
Monica B.

A POÉTICA DE ARISTÓTELES!

Nas aulas de março/2011 da Prof.a Marcia Tiburi me marcou o assunto sobre POÉTICA.
Logo, gostaria de compartilhar uma descoberta minha: uma tese de mestrado da Faculdade de Filosofia da USP, a qual foca exclusivamente a POÉTICA DE ARISTÓLETES, de Fernando Maciel Gazoni.

Segue trecho da APRESENTAÇÃO da mesma, convergente com os debates da nossa aula citada:

"...Minha intenção foi traduzir e comentar a Poética como uma obra dentro do corpus aristotético, relacionando-a principalmente com sua ética...a definição da tragédia como mímese de uma ação quanto à ordem, extensão e beleza da tragédia, a ponderação de que a poesia é mais filosófica que a história..."

Para visualizar na íntegra o PDF da referida dissertação de mestrado, segue link:

http://www.fflch.usp.br/df/site/posgraduacao/2006_mes/Fernando_Gazoni_A_Poetica_de_Aristoteles.pdf

Espero que a turma tenha tempo de lê-la!!!

COMENTÁRIO: CÍNTIA RIBEIRO RONDON

sábado, 2 de abril de 2011

Arte, Liberdade e Valores - Sublime, belo e feio!

Por: Deise Cristina Moreira da Silva


Franklin Leopoldo e Silva - professor titular do departamento de Filosofia da USP, em um estudo sobre Ética e Estética em 2001, ao dizer “... Se podemos ver aí o belo degradado, deveríamos assumir a responsabilidade por essa degradação porque somente de uma posição ética pode nascer uma perspectiva de resistência cultural...”, poderia prever  [veja foto] ???

http://noticias.uol.com.br em 02/04/2011 – 20h26min


Ainda segundo Franklin Leopoldo e Silva, "...a efetuação da liberdade responsável é o juízo como atribuição de significações e valores éticos, estéticos e políticos às  práticas humanas..." (2001)... O que me leva, ao ver a “Arte” abaixo, ao seguinte questionamento:

Sublime: Ter total liberdade de expressão preservando todos os valores?
Belo: A dicotomia – Mais valores, menos liberdade. Mais liberdade, menos valores?
Feio: Usar a liberdade de expressão sem ter valores?


http://noticias.uol.com.br em 02/04/2011 – 20h26min