sexta-feira, 13 de maio de 2011

refletindo fotograficamente

Achei bem interessante a aula passada da Profa. Marcia. Gosto muito de fotografia, em especial um grande admirador do fotojornalismo.  Possuo apenas aquela câmera mais simplesinha (tipo daquelas que servem para tirarmos as velhas e clássicas poses nas viagens, turma de amigos e por aí vai...). Segundo Flusser (2002, p. 37), significam uma forma do homem se expressar na ciência, na arte, na publicidade, jornalismo, indústria, arquitetura, moda, criminalidade, álbuns de família e diversas outras representações que elas nos possibilitam.  Então posso dizer que  para o fim que se destina para mim, este brinquedo é bem legal.

Segundo Boris Kossoy, a fotografia tem uma realidade própria que não corresponde necessariamente à realidade própria que envolveu o assunto, objeto do registro, no contexto da vida passada. Trata-se da realidade do documento, da representação: uma segunda realidade, construída, codificada, sedutora em sua montagem, em sua estética, de forma alguma ingênua, inocente, mas que é, todavia, o elo material do tempo e espaço reservado, pista decisiva para desvendarmos o passado (KOSSOY, B. 2002, p.22).



Com o advento da computação gráfica e principalmente do divisor de águas que é Photoshop, muita coisa na minha opinião precisa ser discutida. Claro que como designer, fico maravilhado com as possibilidades que este software desempenha. Mas claro que acaba tornado-se uma faca de dois gumes. O que proponho é uma reflexão sobre qual realidade agora existe nas imagens que nos são apresentadas? Quando se quer enganar um homem, argumenta Lacan, o que lhe é apresentado é a imagem (pintura) de algo mais além do qual ele quer ver. E com certeza este software contribui muito para tal.
Kossoy continua dizendo que a realidade não corresponde [necessariamente] à verdade histórica, apenas ao registro expressivo da aparência[...] A realidade reside nas múltiplas interpretações, nas diferentes leituras que cada receptor dela faz num dado momento; tratamos pois, de uma expressão peculiar que suscita inúmeras interpretações. (KOSSOY,2002, p. 38). Hummmmm.....Arte?...

José Henrique Valério

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