quarta-feira, 25 de maio de 2011

Theodor Adorno – Músico e Filósofo



A música faz-se presente e formativa desde os seus primeiros anos de vida. Theodor Wiesengrund Adorno nasceu em 11 de setembro de 1903 em Frankfurt am Main. Seu pai, Oskar Wiesengrund, um próspero comerciante atacadista de vinhos, e sua mãe, Maria Calvelli Adorno, de origem corso-genovesa, cantora profissional de renome, antes do casamento. Agathe, sua tia era uma pianista talentosa. Ao som das sinfonias de Mozart e Beethoven tocadas ao piano pela tia e dos Lieder populares ou trechos de ópera interpretados por sua mãe, desenvolveu uma infância feliz e uma adolescência segura.

A filosofia não demora a aparecer em seus dias. Aos 15 anos de idade, em companhia de um amigo da família, 14 anos mais velho que ele – Siegfried Kracauer –, envolve-se com a leitura semanal da “Crítica da razão pura”, de Kant. Longas conversações filosóficas são tecidas durante anos, aos sábados. Com 16 anos estuda composição com Bernhard Sekles no conservatório de Hoch.
Aos 18 anos ingressa na recém-fundada Universidade Johann Wolfgang Goethe, para ouvir e estudar ainda mais filosofia.
Cresceu em um ambiente dominado por interesses artísticos e teóricos e foi encorajado pelos pais e amigos a desenvolver seus dotes em ambas as direções. Ele mesmo nos dá conta disso: “Estudei filosofia e música. Em vez de me decidir por uma, sempre tive a impressão de que perseguia a mesma coisa em ambas”.

Em 1922, com 19 anos, conhece Horkheimer – filósofo – em um seminário sobre Husserl e, no ano seguinte, Benjamin – esteta e filósofo. Com ambos estabelecerá relações de intensa amizade e de fecundas produções científicas, mas seu amigo e mentor da época era mesmo Kracauer. Em 1924, com 21 anos, defende sua tese de doutorado: A transcendência do objeto e do noemático na fenomenologia de Husserl, sob orientação de Hans Cornelius – filósofo de tendências progressistas, e, ao mesmo tempo, pianista, escultor, pintor e autor de estudos de estética e de pedagogia da arte.

Em 1925 vai para Viena estudar música com profissionais do círculo vanguardista de Schoenberg.
Entre 1928 e 1929 foi editor da revista Anbruch, de Viena, em prol da música mais moderna radical. A influência da temporada na capital austríaca foi decisiva em sua formação musical e filosófica; o rigor da composição e da expressão de seus ensaios, sua filosofia atonal devem-se muito a esse período.

De 1922 a 1933, Adorno acompanhou como crítico a Konzertleben (vida musical) de Frankfurt. Escreveu uma centena de pequenos artigos, hoje reunidos sob o título “Críticas das óperas e concertos de Frankfurt”. A vida musical era um dos principais temas do debate público de sua cidade.

Estava lendo um resumo sobre a vida de Adorno e gostei. Conhecia somente o lado de Adorno filósofo, sociólogo... Então separei este pequeno texto para dividir com vocês. 


Bjs, Lígia Bordini

Nenhum comentário:

Postar um comentário