sexta-feira, 13 de maio de 2011

Filosofia da vaca




Escrito por Sérgio “cowboy” Pereira

Dona das divinas tetas
Derrama o leite bom na minha cara
E o leite mau na cara dos caretas
(Caetano Veloso em Vaca profana)

Vaca, vacas, vaquinhas. Gosto do bicho vaca. Sério. Não como descreveria Nabokov (não penso em vitela como uma Lolita!).  Passei a admirar ainda mais depois da última aula da Profª Márcia Tiburi. Na verdade, quem me inspirou a tecer o presente texto foi não só a Tiburi, mas também o autor de Filosofia da caixa preta, Vilém Flusser, que, diga-se de passagem, é uma obra de arte em menos de 40 páginas. Mas, o tema “vaca” não saiu de minha cabeça desde o final desta aula. Atou-me.

Percebi que falta algo em nosso meio acadêmico que desconstrua esse animal, tão importante para a humanidade. Talvez uma filosofia da vaca, que encontre o que há de mais profundo e escondido em sua “caixa preta”, tal qual Flusser em sua genial pesquisa sobre a fotografia. Como Pandora, me arrisco na empreitada de tentar abrir–lhe a caixa, mesmo que consiga apenas uma pequena brecha para escarafunchar seu interior, branqueando esta vaca preta, que de antemão já sei: é impenetrável no todo. Mas, os leitores analfabetos bovinos, fiquem tranqüilos: é nosso mister explicar os miúdos da cultura da mãe do bezerro.

Para adentrarmos na caixa, é importante vislumbrar seus contornos externos. Não conseguimos ver a caixa da vaca como mapa do mundo, mas apenas como biombo, pois analisamos a chifruda apenas em função da imagem que ela passa e, imagem é símbolo conotativo, que oferece a todos, espaços para interpretação. [...]

Como o texto é longo para um blog (seis páginas), se vc quiser continuar lendo, faça o download na íntegra AQUI.

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